33 milhões de pessoas passam fome no país, segundo resultado de uma nova pesquisa sobre o tema divulgada nesta quarta (8). Em 1993, eram 32 milhões de pessoas nessa situação.
A situação piorou muito após o golpe em 2016 contra o governo democraticamente eleito de Dilma, com a destruição das políticas públicas de combate à fome; em 2018, 5,8% dos brasileiros passavam fome. Em 2020, essa parcela subiu para 9% e, em 2022, chegou a 15,5%.
Houve um aumento muito forte do desemprego e um processo de precarização do trabalho com o crescimento da informalidade. Soma-se à perda de renda a inflação dos alimentos, que desde 2020 não arrefece, e atinge itens básicos como arroz, feijão e óleo de soja, além do gás e dos combustíveis. Além disso, o atual governo Bolsonaro abandonou por completo uma política de estoques de alimentos, crucial num momento desfavorável.
A destruição do sistema do programa Bolsa Família também é um dos culpados da atual situação, já que o modelo de acesso a benefícios de transferência de renda, que requer acesso a internet e a um computador ou celular, não atinge a extrema pobreza.
Nas ruas de nossas cidades só não vê quem não quer a enorme população de rua.
Este é o cenário desolador que o golpe contra a democracia causou ao País, desaguando neste governo disfuncional de Bolsonaro, que é inimigo dos mais pobres.
O levantamento foi feito pela Rede Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional) e executado pelo Instituto Vox Populi.