Diálogo sobre violência da mulher e equidade entre gêneros no currículo escolar pode conscientizar meninos a não serem futuros agressores
Entre 2018 e 20198, o Brasil apontou um aumento de 7,3 % nos casos de feminicídio. Dados oficiais são dos 26 estados e do Distrito Federal levantados pelo site de notícias G1. São 1.314 mulheres mortas pelo fato de serem mulheres – uma a cada 7 horas, em média. O diálogo por meio da educação formal é fundamental para quebrar tabus, preconceitos e extinguir este tipo de violências.
Em 6 de dezembro de 1989, um jovem de 25 anos invadi uma sala de aula no Canadá e pediu para que todos os homens abandonassem o local para em seguida pudesse assassinar todas as mulheres daquela turma. Logo após o crime Marc Lipine se matou.
Somente depois, por meio de uma carta deixada pelo rapaz, ficou explicado o motivo da chacina: não concordava que meninas frequentassem um curso tradicionalmente masculino, de engenharia.
Comovidos e chocados com este caso, um grupo de homens canadenses criou a Campanha do Laço Branco (White Ribbin Campaign), um movimento que visa fomentar a igualdade de gêneros e uma nova visão sobre a masculinidade.
A data ganhou o mundo e está inserida na campanha internacional dos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres.
Segundo as Organizações das Nações Unidas, a campanha do Laço Branco está presente em mais de 50 países em todos os continentes e é apontada como uma das maiores iniciativas mundiais direcionadas para a temática do envolvimento de homens contra a violência da mulher. A data, 6 de dezembro, foi instituída através do Decreto de Lei nº 11.489, de 20 de junho de 2007.
Para o sindicato a campanha tem como objetivo incentivar aos educadores homens e as escolas a incorporarem a mobilização de combate a este tipo de violência. É preciso levantar questões sobre o papel da mulher na sociedade e a falta de equidade entre gêneros.
“A violência doméstica está ligada ao patriarcalismo estrutural que só vai acabar ou diminuir drasticamente por meio do diálogo. A equidade entre gêneros precisa ser explicada nos bancos escolares para que nossos meninos estejam preparados para dividirem as frentes sociais com as mulheres. Por isso é tão importante que as escolas abracem a campanha”, disse Guilhermina Rocha, presidente do Sinpro Macaé e Região.
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