Com aumento da informalidade e do emprego sem carteira assinada, ou seja, sem direitos trabalhistas, a taxa de desemprego no Brasil recuou para 9,1% no trimestre móvel de maio a julho de 2022 e atinge10 milhões de trabalhadores e trabalhadoras, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O crescimento do emprego, porém, revela um exército de trabalhadores com ocupação precária, sem direitos trabalhistas garantidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), como férias, descanso semanal remunerado, 13º salário e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
São considerados informais os trabalhadores sem carteira assinada, empregadores e conta própria sem CNPJ, além de trabalhadores familiares auxiliares.
A diminuição do desemprego baseada no crescimento do emprego informal ou autônomo, por outro lado, vem diminuindo a renda média do trabalhador.
O pior é que deste governo e Congresso atuais não podemos esperar nada, pois não têm programa econômico que tenha como objetivo o aumento do emprego com carteira assinada. Ao contrário, Bolsonaro apoia tão somente as iniciativas de emprego via contrato precário. Leia os dados do IBGE:
Estimado em R$ 2.652, o rendimento médio caiu 5,1% em 12 meses.
O número de trabalhadores informais bateu outro recorde e ficou em 39,3 milhões (39,8% da população ocupada). No trimestre maio a julho, mais 559 mil trabalhadores foram obrigados e recorrer a informalidade para ter alguma renda.
O número de empregados sem carteira assinada também bateu recorde. São 13,1 milhões de trabalhadores, o maior contingente desde o início da série histórica, em 2012. No trimestre, mais 601 mil trabalhadores foram contratados sem direitos.
25,9 milhões estavam trabalhando por conta própria no trimestre, 326 mil pessoas a mais em relação ao trimestre anterior.
A população desalentada, pessoas que desistiram de procurar trabalho depois de muito tentar e não conseguir, está em 4,2 milhões.
A queda do emprego formal atinge, diretamente, a arrecadação da Previdência Social, colocando em risco todo o sistema previdenciário de nosso País.
Dados: CUT.