Setembro é o mês em que é realizada uma grande campanha de conscientização e prevenção ao suicídio, sendo que o dia 10 desse mês é considerado o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.

A campanha, chamada de “Setembro Amarelo”, foi criada em 2015, pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e pelo Centro de Valorização da Vida (CVV).

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) cerca de 700 mil pessoas retiram sua própria vida anualmente. Ou seja, uma pessoa a cada 40 segundos morre por suicídio.

No Brasil, de acordo com o CVV, diariamente 32 pessoas perdem a vida por suicídio, o que representa um número maior do que o de mortos vítimas do câncer ou de AIDS.

De fato, o suicídio é uma triste realidade e ainda é visto de maneira estigmatizada pela sociedade em geral.

 

O que significa Setembro Amarelo?

Setembro Amarelo é uma campanha realizada desde de 2015 por entidades da saúde brasileira durante o mês de setembro para conscientização e prevenção ao suicídio.

Embora a campanha oficial seja organizada pelo CFM, pela ABP e pelo CVV, a iniciativa de discutir o suicídio e a saúde mental durante o mês de setembro tornou-se uma prática coletiva na sociedade brasileira.

Diversos canais de televisão, empresas, escolas e instituições de educação superior(IES) realizam atividades e ações voltadas a prevenção ao suicídio durante a campanha, mas vale dizer que essa prática deve durar o ano inteiro.

Qual é o tema do Setembro Amarelo em 2022?

Em 2022 a campanha do Setembro Amarelo será: “A vida é a melhor escolha!”.

O tema foi escolhido pelos organizadores para chamar a atenção sobre a importância da valorização coletiva da vida no combate ao suicídio.

Além disso, para o CFM, ABP e pelo CVV o debate sobre suicídio ainda é visto como um tabu, o que dificulta a prevenção geral do autoextermínio.

Por essa razão, a campanha de 2022 tem como desafio falar sobre o assunto de maneira direta e assim incentivar a busca por ajuda profissional especializada.

O Conselho Federal de Medicina elaborou uma cartilha sobre o tema com dicas de prevenção ao suicídio. Vale a pena conferir!

Por que a cor amarela na campanha Setembro Amarelo?

A cor amarela para representar a campanha não foi escolhida por acaso. Você sabe a história por trás da cor?

Em 1994, Mike Emme, um jovem estadunidense de apenas 17 anos, se matou dentro de seu carro: um Ford Mustang 1968.

Os amigos do rapaz chamavam o carro de Mustang Amarelo e era muito querido por Mike, que passava longos períodos de tempo com seu carro.

O caso se tornou emblemático, porque durante o enterro de Mike, seus pais distribuíram faixas amarelas e um cartão como forma de alertar sobre o suicídio.

No cartão estava escrito: “se você está pensando em suicídio, entregue este cartão a alguém e peça ajuda!”

A partir daí, diversas campanhas de conscientização sobre o tema foram realizadas, tendo como símbolo a faixa amarela.

Então, a cor amarela foi escolhida para representar a campanha brasileira de prevenção ao suicídio, seguindo outras iniciativas que relacionam uma cor a um mês, como o Outubro Rosa e o Novembro Azul.

Qual a importância de se discutir saúde mental nas IES?

Discutir saúde mental é fundamental para garantir a qualidade de ensino dentro das IES.

Isso porque problemas de ordem mental afetam diretamente a motivação, a capacidade de foco e a disciplina dos estudantes, podendo chegar a questões mais graves como o suicídio.

Uma pesquisa sobre a opinião discente realizada pela Universidade Federal do ABC (UFABC), em 2017 apontou que 17,92% dos trancamentos na instituição, no ano de 2016, ocorreram por problemas psicológicos.

Esses dados revelam que além de atrapalhar nos estudos, os problemas de saúde mental também podem comprometer a permanência dos estudantes nas IES.

Com a pandemia, tais problemas se tornaram ainda mais recorrentes. De acordo com pesquisa realizada pela Universidade do Estado do RIo de Janeiro (UERJ), os casos de depressão duplicaram e os de ansiedade aumentaram 80% durante o período.

Entretanto, mesmo antes da pandemia os índices de problemas de saúde mental dos estudantes já eram altos.

De acordo com o relatório da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), 83,5% do corpo discente relatou que passa por alguma dificuldade emocional que afeta sua vida acadêmica.

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Sindicato dos Professores de Macaé e Região