Sindicato defende imunização gratuita pelo SUS, ataca privatização da vacina e apoia lockdown urgente
Os brasileiros estão assistindo vários países vacinando sua população contra o Coronavírus. E mesmo sendo referência com o Programa de Imunização, que já erradicou diversas doenças em território nacional, como o Sarampo, o Brasil ficou atrás. Principalmente se for considerado sua importância econômica e cultural para a América.
Sem calendário, agenda ou planejamento técnico que acalme a nação e suscite a esperança de dias sem Covid-19, o Ministério da Saúde mantém lentidão, voltando a dar um “ar” de negação a eficiência das vacinas. Enquanto isso, é perceptível a facilidade que o Governo Federal dispõe a imoral compra de vacinas por parte de clínicas particulares, que coloca a imunização de forma classista, eliminando a maior parte da população, que depende do Sistema Único de Saúde.
Além de quase 200 mil vidas ceifadas, o Brasil viu a economia despencar, a curva do desemprego acentuar e um ano letivo inteiro sem a presença de alunos nas salas de aula. “Nossas crianças e jovens precisam estudar, interagir, frequentar os bancos escolares. Professores precisam sair das telas tecnológicas para os quadros. E isso só pode acontecer quando todos os brasileiros forem imunizados. O Sindicato dos Professores de Macaé e Região, se une a milhões de vozes de todo o Brasil para exigir do Governo Federal imunização urgente e a apresentação de um cronograma de vacinação em todo território nacional”, disse Guilhermina Rocha, presidente do Sindicato dos Professores de Macaé e Região.
ESTATÍSTICAS – A revista Crescer publicou uma estatística desenvolvida pelo governo do Reino Unido que aponta uma relação do aumento de atendimento na saúde pública de pessoas infectadas pelo Coronavírus com escolas que não cumpriram o lockdown. “Os dados apontam que 26% dos grupos de infecções investigados — 2.722 de 10 mil — estavam ligados a creches, escolas primárias e secundárias e universidades, no período de 12 semanas até dezembro. Apenas 8% das infecções — ou 816 — foram rastreadas em hospitais na mesma época”, diz a revista. O país volta firme ao lockdown.
Considerado um dos maiores cientistas do mundo, o brasileiro Miguel Nicolelis, que coordena o comitê científico de combate ao coronavírus do Consórcio Nordeste citou o lockdown decretado pelo governo inglês para fazer um apelo ao Bolsonaro. O país tem menos mortos que o Brasil e já está vacinando a população.
“Acabou. A equação brasileira é a seguinte: Ou o pais entra num lockdown nacional imediatamente, ou não daremos conta de enterrar os nossos mortos em 2021. O Brasil precisa criar uma Comissão de Salvação Nacional p/ ontem. Passamos de todos limites aceitáveis de estupidez. Estamos correndo o risco de entrar em colapso sanitário, social e econômico em 2021. O Brasil está na UTI e o diagnóstico é falência terminal de múltiplos órgãos”, disse em redes sociais.
O Estado do Rio de Janeiro estendeu até 1º de julho o Estado de Calamidade Pública em todo território fluminense reforçando que a pior crise sanitária do planeta está longe do fim, mesmo com a chegada da vacina no início do ano. O decreto nº 47.428 foi publicado em Diário Oficial em 29 de dezembro.
No Brasil, a pressão para a volta as aulas começaram já no início do segundo semestre e o Sinpro Macaé e Região se manteve firme no posicionamento que era necessário permanecer em casa.
“Além disso enfatizamos que era preciso ouvir as entidades científicas e de pesquisas e que enquanto nosso professorado e alunado não fossem vacinados precisaríamos estar afastados. É preciso um lockdown urgente e vacina gratuita para todos. O convívio social nas escolas é inerente a educação, mas a vida precisa estar acima de qualquer coisa, inclusive do lucro, como enfatizamos em nossa campanha durante todo ano de 2020”, contou Guilhermina Rocha, presidente do Sindicato.
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